Marcadores

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Simbolos do Paraná

Bandeira

Bandeira do Paraná. A Bandeira do Estado do Paraná foi adotada pelo Decreto Estadual nº 8, de 9 de janeiro de 1892. Passou por modificações em março de 1947 e, novamente, em setembro de 1990.

A atual Bandeira é a estabelecida pelo Decreto-Lei nº 2.457, de 31 de março de 1947. Compõe-se de um quadrilátero
verde, atravessado no ângulo superior esquerdo para o inferior direito por uma larga faixa branca contendo a representação da esfera celeste em azul e as cinco estrelas da Constelação do Cruzeiro do Sul em branco.

A esfera é atravessada, abaixo
da estrela superior do Cruzeiro, por uma faixa branca com a inscrição "PARANÁ", em verde. Circundam a esfera um ramo de pinheiro à direita e outro de mate à esquerda.


Brasão de Armas

 O Brasão de Armas foi instituído pela Lei nº 904, de 21 de março de 1910. Sua última modificação ocorreu em setembro de 1990.
 
O atual Brasão de Armas do Estado do Paraná é o estabelecido pelo Decreto-Lei nº 2.457, de 31 de março de 1947.


Escudo, era o complemento da armadura do cavaleiro medieval e dos guerreiros e se destinava a protegê-lo da investida das armas e instrumentos do inimigo. Recebeu, em determinada época, cores e desenhos emblemáticos de famílias, Estados e grupos sociais, passando a representá-los. O escudo dotado de cores e desenhos, denomina-se brasão ou escudo de armas. Escudo cortado, é aquele que foi dividido por uma linha horizontal. A parte superior é denominada de Chefe e ocupa uma terça parte do escudo.

Goles, também denominado de vermelho ou sangue é esmalte, expresso no desenho monocromático por linhas verticais. Indica audácia, valor, galhardia, nobreza e domínio (segundo Ginanni); caridade, magnanimidade, valor, atrevimento, alegria, vitória, honra (segundo Asencio).

O lavrador, armado de alfanje, em atitude de trabalho, voltado para a direita (do brasão), representa a destinação da atividade agrícola do Estado. A semivestimenta que o cobre (calça, sapatos e chapéu) é o tipo de vestimenta do homem do campo. O alfanje simboliza o trabalho frutífero e as colheitas.

Prata, ou branco, é o segundo metal, sendo representado deixando em branco o espaço que cobre. Significa inocência, felicidade, pureza, humildade, limpeza, integridade (Asencio) e amizade, eqüidade, justiça (Guelfi).

Chefe, é a primeira das peças honrosas de 1ª ordem, é a parte superior do escudo e corresponde ao seu terço. Representa o elmo do cavaleiro. Antigamente era peça concedida ao cavaleiro que saía da batalha ferido na cabeça e assim era enobrecido na guerra com o sangue derramado a serviço de seu rei.

Blau ou azul, é expresso por linhas horizontais. É o segundo dos esmaltes, representa justiça, formosura, nobreza, perseverança, zelo, lealdade (Asencio) e firmeza incorruptível, glória e virtude (Guelfi).

Montes ou montanhas, representam possessões montanhosas e também grandeza, sabedoria, nobreza. São os três terraços do planalto paranaense: o Oriental ou de Curitiba, o Central ou dos Campos Gerais e o Ocidental ou de Guarapuava. Como as altitudes são próximas a 900, 1215 e 1365 respectivamente, a representação dos tamanhos será em ordem ligeiramente crescente, do primeiro ao segundo e deste ao terceiro.

Sol, representado nascente, com raios retilíneos e ondulados alternadamente, é o símbolo da glória, eternidade, fama, unidade, verdade (Ronchetti).

Ouro, ou amarelo, é o primeiro dos metais e é representado por pontos. Indica nobreza, riqueza, esplendor, glória, poder, força (Guelfi). O ouro aplicado no sol representa poder, nobreza (Ronchetti).

Timbre é o ornamento exterior do escudo, representado pelo Gavião real, nhapecani, uiraçu (do tupi guirá – ave, açu – grande), da família Accipitridae – nome científico Harpia harpyja, anteriormente denominada por Lineu, em 1758, como Vultur harpyja e posteriormente Thrasaetus harpyia. É o maior dos acipitridas do mundo, atingindo quase 1 metro de comprimento e 2 metros de envergadura. Vive preferencialmente nas matas mais densas e altas, especialmente no cinturão nebuloso verde da porção oriental Sul do Brasil – a Floresta Atlântica. O cientista Rodolpho von Ihering, em sua obra “Dicionários dos Animais do Brasil”, considera a harpia como ave majestosa, digna de figurar nas armas nacionais. Atualmente é desconhecida a sua situação no território paranaense, pois há mais de 10 anos não existe constatação de sua presença, acreditando-se achar extinta no Estado. O gavião é representado pousado no escudo, com as asas abertas (estendido) e com a cabeça de perfil e voltada para a esquerda (do brasão).

Suportes são ornamentos colocados ao lado do escudo de armas, como destinados à sua guarda, sustentação e apoio. Estão representados por ramos de mate – Ilex paraguariensis (Saint Hilaire) - à direita, e de pinho – Araucaria angustifolia (Bertoloni) - à esquerda, nas cores naturais, estando o mate frutificado, com frutos de cor parda escura ou preta. Os dois ramos são postos em aspa, isto é, cruzantes na ponta. O mate e o pinho representam as riquezas naturais do Estado. O mate, conhecido pelos guaranis pela denominação de Caá, é vegetal existente desde tempos imemoriais. Já antes da dominação espanhola, as zonas banhadas pelos rios Paraná, Uruguai e Paraguai apresentavam, dele, extensa e soberba vegetação que os índios guaranis utilizavam como bebida ordinária, pois lhe conheciam as propriedades estimulantes e estomacais. Era vegetal desconhecido na Europa e foi por muitos anos a grande riqueza do Estado que o exportava para os países do Prata, especialmente.

O pinho é ainda o vegetal símbolo e característico do Paraná. É vegetal alto, com 20 a 30 metros de altura, 1 ou 2 metros de diâmetro, bastante ramado, com redução gradual até o ápice, com folhas coriáceas de ponta aguda, formando matas secas do planalto, especialmente do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Sinople ou verde, como terceira cor é expresso por linhas diagonais, da direita para a esquerda do escudo. Simboliza vitória, honra, cortesia, abundância, amizade (Ginanni); esperança, posse (Asencio).

Fonte : “Símbolos do Paraná – Evolução Histórica – 1853 a 1984”, do Prof. Ernani Costa Straube, Curitiba, Imprensa Oficial do Estado, 1987. 

 

Hino

O Hino do Estado do Paraná foi instituído através do Decreto-Lei nº 2.457, de 31 de março de 1947, tendo por autores Domingos Nascimento (letra) e Bento Mossurunga (música). 






Gralha Azul

Não existe no Brasil uma ligação tão estreita de uma ave com um Estado, como a da Gralha-azul com o Paraná.
Gralha azulO pinhão, semente da araucária, árvore-símbolo do Estado do Paraná, é o principal alimento da Gralha-azul no inverno. Graças a essa feliz interação, a Gralha-azul e o pinheiro têm conseguido se perpetuar através dos tempos, não só na natureza mas também no coração dos paranaenses.
A Gralha-azul é uma espécie relativamente grande (39cm) de um azul reluzente, cabeça, pescoço e peito negros, penas da fronte arrepiadas formando uma espécie de topete, bico forte e cauda comprida. Vive na mata, gosta de se reunir em bandos nos pinheiros, que ajudam a disseminar, pelo ato de desmanchar a pinha no galho, comendo somente um ou outro pinhão, enquanto a maioria das sementes, cai no solo e germina. A Gralha-azul tem o hábito de enterrar pinhões. Além de contribuir na tarefa de reflorestar o Paraná, a Gralha-azul, é um símbolo protegido por lei. Diz a Lei Estadual Nº. 7957 de 12 de novembro de 1984, no Artigo 1º:  “É declarada ave-símbolo do Paraná o passeriforme denominado Gralha-azul, Cyanocorax caeruleus, cuja festa será comemorada anualmente durante a semana do meio ambiente, quando a Secretaria da Educação promoverá campanha elucidativa sobre a relevância daquela espécie avícola no desenvolvimento florestal do Estado, bem como no seu equilíbrio ecológico”.


 Pinheiro do Paraná

 
No Brasil a exploração florestal, teve início oficialmente em 1511, feita por Fernando de Noronha, o primeiro arrendatário de pau-brasil. Várias cartas régias foram baixadas no sentido de reservar as florestas da costa brasileira, como patrimônio real, sendo o corte somente permitido ao Reino, atendendo dessa maneira o suprimento de matéria-prima para a construção de caravelas. Esta atividade extrativa, notadamente de pau-brasil, constituiu-se até o século XVII, a principal fonte de divisas da Coroa, saída de terras brasileiras.
Araucária
Na verdade, também a madeira de boa qualidade e o tronco reto da araucária, não demoraram muito a serem notados pela Metrópole. Em 1765, um decreto do rei D. João V de Portugal autorizou o corte de pinheiros em Curitiba, para construir a nau São Sebastião, que navegou entre o Brasil e o Reino por mais de cinqüenta anos, indo em seguida para a África onde fez o transporte por outros tantos anos, ainda em bom estado de conservação.
Navio da armada lusitana.
No mesmo século XVIII, Afonso Botelho de Sampaio e Souza, achou por bem solicitar a decretação, para que fossem considerados propriedade real, os pinheiros cujo diâmetro, permitisse seu aproveitamento na mastreação dos navios da armada lusitana. A idéia porém, ainda que aplaudida no Reino, nunca se efetivou através de legislação adequada.

A exemplo do que aconteceu inicialmente em todo o Brasil, a madeira exportada era retirada do litoral pois a falta de ligação desse, com o planalto, constituía-se no maior empecilho, para a exploração dos pinheiros, que eram utilizados apenas nos limites de serra acima.

Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba.
A iniciativa do primeiro grande investimento madeireiro no Paraná se deve ao arrojo dos irmãos André e Antônio Rebouças, na organização da Companhia Florestal Paranaense, instalada em 1871, na localidade de Borda do Campo, próxima ao traçado da futura ferrovia Curitiba-Paranaguá. Porém, a concorrência estrangeira, notadamente a do Pinho de Riga, e a dificuldade de vias de comunicação que possibilitassem o escoamento da madeira, acabaram fazendo fracassar o empreendimento.

Mas foi somente após a abertura da Estrada da Graciosa, ligando Curitiba a Antonina, em 1873, da construção da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, em 1885 e do ramal Morretes-Antonina em 1891, que a extensa floresta de Araucária Angustifolia existente nos planaltos paranaenses, permitiu que a exploração da madeira tivesse início como uma das atividades econômicas mais importantes do Estado.


O grande propulsor da exportação do pinheiro paranaense foi, sem dúvida, a Primeira Guerra Mundial, pois com a impossibilidade de importação do similar estrangeiro, o pinho-do-paraná passou a abastecer o mercado interno e o argentino. Multiplicaram-se as serrarias, concentrando-se no centro-sul e deslocando-se para o oeste e sudoeste do Estado, à medida em que se esgotavam as reservas de pinheiros, mais próximas das ferrovias, transformando-se assim, a exportação de pinho, na nova atividade econômica paranaense, ultrapassando a importância da erva-mate como fonte de arrecadação de divisas para o Estado.

Transporte feito por caminhão.

O desenvolvimento do transporte feito por caminhão após a década de 30, libertou a indústria madeireira da dependência exclusiva da estrada de ferro, penetrando desta forma, cada vez mais para o interior.

Utilizando boa parte da mão-de-obra excedente do ciclo ervateiro, já em crise, foi ainda pela necessidade de acondicionar a erva-mate, anteriormente transportada em surrões de couro, que nasceu uma nova profissão: a dos barriqueiros, que confeccionavam barricas utilizando o pinho como matéria-prima. Foi ainda no bojo deste ciclo, que se instalaram no Paraná, diversas indústrias como fábricas de fósforos, de caixas e de móveis.


Em um determinado espaço de tempo, durante a Segunda Guerra Mundial, a madeira de pinho liderou a pauta das exportações do Paraná. Findo o período de conflito, o ciclo madeireiro foi declinando, sendo substituído pelo café que já despontava como uma das forças econômicas no Estado.


Assim, o ciclo econômico do pinho terminou por volta de 1940, sendo que da primitiva floresta de pinheiro-do-paraná, resta aproximadamente 5%. Mas é inegável também a importância que a araucária exerce ainda hoje na história, cultura, hábitos e artes do paranaense.

"Coré-etuba", isto é, ''muito pinhão'' "aqui", segundo a lenda, teria dito o cacique Tingui, ao ajudar a escolher o novo local transferindo a primitiva povoação das margens do rio Atuba, para a atual Praça Tiradentes. Da expressão indígena nasceu o nome e a cidade, que seria a futura Capital do Paraná: Curitiba.

Outros municípios têm seu nome ligado ao pinheiro: Araucária, Pinhão, Pinhalão, Ribeirão do Pinhal, São José dos Pinhais e localidades como: Pinhais, Pinhalzinho, Pinheiral, Três Pinheiros, etc.


Grande foi também a influência que o pinheiro exerceu sobre o imigrante que, quando aqui chegou, o utilizou para construir suas primeiras habitações. A importância de tal uso está evidenciada através das casas de troncos, sem pregos, sendo usada apenas a técnica do encaixe, hoje conservadas no memorial da imigração polonesa do Bosque João Paulo II, um dos mais bonitos e atrativos pontos turísticos de Curitiba.


Casa de Troncos


              Casa de Troncos - Bosque João Paulo II - Curitiba

Calçadas das praças e ruas de Curitiba.Calçadas das praças e ruas de Curitiba.














http://www.cidadao.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=71
http://www.youtube.com/v/PCK-I85Uh_8&fs=1&source=uds&autoplay=1

Um comentário:

  1. pesquisa - Arthur Ramos 6º ano alunos V e J

    Iguaçu significa água grande, e é um termo de origem tupi-guarani, uma língua dos índios. Iguaçu é também o nome de um rio no estado brasileiro do Paraná, e faz fronteira com a Argentina.

    ResponderExcluir