Bandeira
A Bandeira do Estado do Paraná foi adotada pelo Decreto Estadual nº 8,
de 9 de janeiro de 1892. Passou por modificações em março de 1947 e,
novamente, em setembro de 1990.
A atual Bandeira é a estabelecida pelo Decreto-Lei nº 2.457, de 31 de março de 1947. Compõe-se de um quadrilátero verde ,
atravessado no ângulo superior esquerdo para o inferior direito por uma
larga faixa branca contendo a representação da esfera celeste em azul e
as cinco estrelas da Constelação do Cruzeiro do Sul em branco.
A esfera é atravessada, abaixo da estrela superior
do Cruzeiro, por uma faixa branca com a inscrição "PARANÁ", em verde.
Circundam a esfera um ramo de pinheiro à direita e outro de mate à
esquerda.
A atual Bandeira é a estabelecida pelo Decreto-Lei nº 2.457, de 31 de março de 1947. Compõe-se de um quadrilátero
A esfera é atravessada, abaixo
Brasão de Armas
O Brasão de Armas foi instituído pela Lei nº 904, de 21 de março de 1910. Sua última modificação ocorreu em setembro de 1990.
O atual Brasão de Armas do Estado do Paraná é o estabelecido pelo Decreto-Lei nº 2.457, de 31 de março de 1947.
O atual Brasão de Armas do Estado do Paraná é o estabelecido pelo Decreto-Lei nº 2.457, de 31 de março de 1947.
Escudo, era o complemento da armadura do cavaleiro medieval e dos
guerreiros e se destinava a protegê-lo da investida das armas e
instrumentos do inimigo. Recebeu, em determinada época, cores e desenhos
emblemáticos de famílias, Estados e grupos sociais, passando a
representá-los. O escudo dotado de cores e desenhos, denomina-se brasão
ou escudo de armas.
Escudo cortado, é aquele que foi dividido por uma linha horizontal. A
parte superior é denominada de Chefe e ocupa uma terça parte do escudo.
Goles, também denominado de vermelho ou sangue é esmalte, expresso no
desenho monocromático por linhas verticais. Indica audácia, valor,
galhardia, nobreza e domínio (segundo Ginanni); caridade, magnanimidade,
valor, atrevimento, alegria, vitória, honra (segundo Asencio).
O lavrador, armado de alfanje, em atitude de trabalho, voltado para a
direita (do brasão), representa a destinação da atividade agrícola do
Estado. A semivestimenta que o cobre (calça, sapatos e chapéu) é o tipo
de vestimenta do homem do campo. O alfanje simboliza o trabalho
frutífero e as colheitas.
Prata, ou branco, é o segundo metal, sendo representado deixando em
branco o espaço que cobre. Significa inocência, felicidade, pureza,
humildade, limpeza, integridade (Asencio) e amizade, eqüidade, justiça
(Guelfi).
Chefe, é a primeira das peças honrosas de 1ª ordem, é a parte superior
do escudo e corresponde ao seu terço. Representa o elmo do cavaleiro.
Antigamente era peça concedida ao cavaleiro que saía da batalha ferido
na cabeça e assim era enobrecido na guerra com o sangue derramado a
serviço de seu rei.
Blau ou azul, é expresso por linhas horizontais. É o segundo dos
esmaltes, representa justiça, formosura, nobreza, perseverança, zelo,
lealdade (Asencio) e firmeza incorruptível, glória e virtude (Guelfi).
Montes ou montanhas, representam possessões montanhosas e também
grandeza, sabedoria, nobreza. São os três terraços do planalto
paranaense: o Oriental ou de Curitiba, o Central ou dos Campos Gerais e o
Ocidental ou de Guarapuava. Como as altitudes são próximas a 900, 1215 e
1365 respectivamente, a representação dos tamanhos será em ordem
ligeiramente crescente, do primeiro ao segundo e deste ao terceiro.
Sol, representado nascente, com raios retilíneos e ondulados
alternadamente, é o símbolo da glória, eternidade, fama, unidade,
verdade (Ronchetti).
Ouro, ou amarelo, é o primeiro dos metais e é representado por pontos.
Indica nobreza, riqueza, esplendor, glória, poder, força (Guelfi). O
ouro aplicado no sol representa poder, nobreza (Ronchetti).
Timbre é o ornamento exterior do escudo, representado pelo Gavião real,
nhapecani, uiraçu (do tupi guirá – ave, açu – grande), da família
Accipitridae – nome científico Harpia harpyja, anteriormente denominada
por Lineu, em 1758, como Vultur harpyja e posteriormente Thrasaetus
harpyia. É o maior dos acipitridas do mundo, atingindo quase 1 metro de
comprimento e 2 metros de envergadura. Vive preferencialmente nas matas
mais densas e altas, especialmente no cinturão nebuloso verde da porção
oriental Sul do Brasil – a Floresta Atlântica. O cientista Rodolpho von
Ihering, em sua obra “Dicionários dos Animais do Brasil”, considera a
harpia como ave majestosa, digna de figurar nas armas nacionais.
Atualmente é desconhecida a sua situação no território paranaense, pois
há mais de 10 anos não existe constatação de sua presença,
acreditando-se achar extinta no Estado. O gavião é representado pousado
no escudo, com as asas abertas (estendido) e com a cabeça de perfil e
voltada para a esquerda (do brasão).
Suportes são ornamentos colocados ao lado do escudo de armas, como
destinados à sua guarda, sustentação e apoio. Estão representados por
ramos de mate – Ilex paraguariensis (Saint Hilaire) - à direita, e de
pinho – Araucaria angustifolia (Bertoloni) - à esquerda, nas cores
naturais, estando o mate frutificado, com frutos de cor parda escura ou
preta. Os dois ramos são postos em aspa, isto é, cruzantes na ponta.
O mate e o pinho representam as riquezas naturais do Estado. O mate, conhecido pelos guaranis pela denominação de Caá, é vegetal
existente desde tempos imemoriais. Já antes da dominação espanhola, as
zonas banhadas pelos rios Paraná, Uruguai e Paraguai apresentavam, dele,
extensa e soberba vegetação que os índios guaranis utilizavam como
bebida ordinária, pois lhe conheciam as propriedades estimulantes e
estomacais. Era vegetal desconhecido na Europa e foi por muitos anos a
grande riqueza do Estado que o exportava para os países do Prata,
especialmente.
O pinho é ainda o vegetal símbolo e característico do Paraná. É vegetal
alto, com 20 a 30 metros de altura, 1 ou 2 metros de diâmetro, bastante
ramado, com redução gradual até o ápice, com folhas coriáceas de ponta
aguda, formando matas secas do planalto, especialmente do Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
Sinople ou verde, como terceira cor é expresso por linhas diagonais, da
direita para a esquerda do escudo. Simboliza vitória, honra, cortesia,
abundância, amizade (Ginanni); esperança, posse (Asencio).
Fonte
: “Símbolos do Paraná – Evolução Histórica – 1853 a
1984”, do Prof. Ernani Costa Straube, Curitiba, Imprensa Oficial do
Estado, 1987.
Hino
O Hino do Estado do Paraná foi instituído através do Decreto-Lei nº 2.457, de 31 de março de 1947, tendo por autores Domingos Nascimento (letra) e Bento Mossurunga (música).
Gralha Azul
Não existe no Brasil uma ligação tão estreita de uma ave com um Estado, como a da Gralha-azul com o Paraná.
O
pinhão, semente da araucária, árvore-símbolo do Estado do Paraná, é o
principal alimento da Gralha-azul no inverno. Graças a essa feliz
interação, a Gralha-azul e o pinheiro têm conseguido se perpetuar
através dos tempos, não só na natureza mas também no coração dos
paranaenses.
A Gralha-azul é uma espécie relativamente grande (39cm)
de um azul reluzente, cabeça, pescoço e peito negros, penas da fronte
arrepiadas formando uma espécie de topete, bico forte e cauda comprida.
Vive na mata, gosta de se reunir em bandos nos pinheiros, que ajudam a
disseminar, pelo ato de desmanchar a pinha no galho, comendo somente um
ou outro pinhão, enquanto a maioria das sementes, cai no solo e
germina. A Gralha-azul tem o hábito de enterrar pinhões. Além de contribuir na tarefa de reflorestar o Paraná, a
Gralha-azul, é um símbolo protegido por lei. Diz a Lei Estadual Nº.
7957 de 12 de novembro de 1984, no Artigo 1º: “É declarada ave-símbolo do Paraná o passeriforme denominado Gralha-azul, Cyanocorax caeruleus,
cuja festa será comemorada anualmente durante a semana do meio
ambiente, quando a Secretaria da Educação promoverá campanha elucidativa
sobre a relevância daquela espécie avícola no desenvolvimento florestal
do Estado, bem como no seu equilíbrio ecológico”.
Pinheiro do Paraná
No Brasil a exploração florestal, teve início oficialmente em 1511, feita por Fernando de Noronha, o primeiro arrendatário de pau-brasil. Várias cartas régias foram baixadas no sentido de reservar as florestas da costa brasileira, como patrimônio real, sendo o corte somente permitido ao Reino, atendendo dessa maneira o suprimento de matéria-prima para a construção de caravelas. Esta atividade extrativa, notadamente de pau-brasil, constituiu-se até o século XVII, a principal fonte de divisas da Coroa, saída de terras brasileiras.
Na verdade, também a madeira de boa qualidade e o tronco reto da araucária, não demoraram muito a serem notados pela Metrópole. Em 1765, um decreto do rei D. João V de Portugal autorizou o corte de pinheiros em Curitiba, para construir a nau São Sebastião, que navegou entre o Brasil e o Reino por mais de cinqüenta anos, indo em seguida para a África onde fez o transporte por outros tantos anos, ainda em bom estado de conservação.
No mesmo século XVIII, Afonso Botelho de Sampaio e Souza, achou por bem solicitar a decretação, para que fossem considerados propriedade real, os pinheiros cujo diâmetro, permitisse seu aproveitamento na mastreação dos navios da armada lusitana. A idéia porém, ainda que aplaudida no Reino, nunca se efetivou através de legislação adequada.
A exemplo do que aconteceu inicialmente em todo o Brasil, a madeira exportada era retirada do litoral pois a falta de ligação desse, com o planalto, constituía-se no maior empecilho, para a exploração dos pinheiros, que eram utilizados apenas nos limites de serra acima.
A iniciativa do primeiro grande investimento madeireiro no Paraná se deve ao arrojo dos irmãos André e Antônio Rebouças, na organização da Companhia Florestal Paranaense, instalada em 1871, na localidade de Borda do Campo, próxima ao traçado da futura ferrovia Curitiba-Paranaguá. Porém, a concorrência estrangeira, notadamente a do Pinho de Riga, e a dificuldade de vias de comunicação que possibilitassem o escoamento da madeira, acabaram fazendo fracassar o empreendimento.
Mas foi somente após a abertura da Estrada da Graciosa, ligando Curitiba a Antonina, em 1873, da construção da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, em 1885 e do ramal Morretes-Antonina em 1891, que a extensa floresta de Araucária Angustifolia existente nos planaltos paranaenses, permitiu que a exploração da madeira tivesse início como uma das atividades econômicas mais importantes do Estado.
O grande propulsor da exportação do pinheiro paranaense foi, sem dúvida, a Primeira Guerra Mundial, pois com a impossibilidade de importação do similar estrangeiro, o pinho-do-paraná passou a abastecer o mercado interno e o argentino. Multiplicaram-se as serrarias, concentrando-se no centro-sul e deslocando-se para o oeste e sudoeste do Estado, à medida em que se esgotavam as reservas de pinheiros, mais próximas das ferrovias, transformando-se assim, a exportação de pinho, na nova atividade econômica paranaense, ultrapassando a importância da erva-mate como fonte de arrecadação de divisas para o Estado.
O desenvolvimento do transporte feito por caminhão após a década de 30, libertou a indústria madeireira da dependência exclusiva da estrada de ferro, penetrando desta forma, cada vez mais para o interior.
Utilizando boa parte da mão-de-obra excedente do ciclo ervateiro, já em crise, foi ainda pela necessidade de acondicionar a erva-mate, anteriormente transportada em surrões de couro, que nasceu uma nova profissão: a dos barriqueiros, que confeccionavam barricas utilizando o pinho como matéria-prima. Foi ainda no bojo deste ciclo, que se instalaram no Paraná, diversas indústrias como fábricas de fósforos, de caixas e de móveis.
Em um determinado espaço de tempo, durante a Segunda Guerra Mundial, a madeira de pinho liderou a pauta das exportações do Paraná. Findo o período de conflito, o ciclo madeireiro foi declinando, sendo substituído pelo café que já despontava como uma das forças econômicas no Estado.
Assim, o ciclo econômico do pinho terminou por volta de 1940, sendo que da primitiva floresta de pinheiro-do-paraná, resta aproximadamente 5%. Mas é inegável também a importância que a araucária exerce ainda hoje na história, cultura, hábitos e artes do paranaense.
"Coré-etuba", isto é, ''muito pinhão'' "aqui", segundo a lenda, teria dito o cacique Tingui, ao ajudar a escolher o novo local transferindo a primitiva povoação das margens do rio Atuba, para a atual Praça Tiradentes. Da expressão indígena nasceu o nome e a cidade, que seria a futura Capital do Paraná: Curitiba.
Outros municípios têm seu nome ligado ao pinheiro: Araucária, Pinhão, Pinhalão, Ribeirão do Pinhal, São José dos Pinhais e localidades como: Pinhais, Pinhalzinho, Pinheiral, Três Pinheiros, etc.
Grande foi também a influência que o pinheiro exerceu sobre o imigrante que, quando aqui chegou, o utilizou para construir suas primeiras habitações. A importância de tal uso está evidenciada através das casas de troncos, sem pregos, sendo usada apenas a técnica do encaixe, hoje conservadas no memorial da imigração polonesa do Bosque João Paulo II, um dos mais bonitos e atrativos pontos turísticos de Curitiba.
Casa de Troncos - Bosque João Paulo II - Curitiba
http://www.cidadao.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=71